segunda-feira, 4 de abril de 2011

Trabalhadores da educação paralisam atividades em três municípios do Pará

 

   A situação da educação na capital paraense e nos interiores é degradante. Professores e funcionários das escolas reclamam de não ter estrutura para ensinar. Em Redenção, o Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará) denuncia que alunos são obrigados a comprar o material escolar, que deveria ser oferecido pela escola, para poder fazer provas e trabalhos.

   O coordenador do Sintepp de Redenção, José Rodrigues, ressalta que das três escolas de ensino médio do município, apenas uma está em bom estado. As outras nem mesmo têm carteiras para os alunos sentarem. 'O prefeito construiu uma escola modelo e fica fazendo propaganda dela. Porém, as outras escolas do município estão caindo em cima dos alunos e dos funcionários e até agora nada foi feito', frisa Rodrigues.

   Nesta sexta-feira (1º), o Sintepp paralisou as atividades em Belém, Barcarena e Redenção. Além de exigirem uma melhor estrutura nas escolas, os professores reivindicam a implantação do PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração). Segundo os sindicalistas, a remuneração da maioria dos funcionários da educação é inferior a um salário mínimo.

   É o caso dos trabalhadores de Barcarena, que reclamam da falta de posicionamento da prefeitura em relação ao PCCR para a categoria. 'Esperávamos que fosse publicado no edital de ontem a aprovação do plano, mas a prefeitura nada fez em relação a isso. O professor e todos os funcionários da educação estão reunidos nesta sexta em assembleia para decidirmos se vamos ou não entrar em greve', afirma a coordenadora Raimunda Barreto.

   Em Belém, os professores argumentam que essa paralisação será apenas o início de várias tentativas para negociar com a prefeitura sobre a questão do salário dos educadores. 'Vamos tentar em todas as instâncias negociar com o prefeito, sem termos que parar nossas atividades para não prejudicar o ano letivo. Mas caso não surta efeito, vamos fazer uma assembleia e decidir se fazemos a greve ou não', argumenta o coordenador de comunicação do Sintepp em Belém, Agnaldo Soares.

ORM

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