sexta-feira, 4 de março de 2011

Temporários são maioria na folha da Prefeitura de Santarém

 

Da Redação

   A prefeitura Municipal de Santarém chamará e dará posse até o próximo dia 04 de março a 1.980 candidatos aprovados no último concurso público, realizado em 2008. O certame ofereceu 2.710 vagas, mas apenas 1.980 vagas foram preenchidas. O montante, no entanto, representa 53% do total da lista de temporários enviada pelo poder público municipal ao Ministério Público Estadual. Na lista, constam os nomes de 4.190 servidores temporários. A prefeitura teria ainda outros 2.931 servidores efetivos, 231 DAS e 333 semi-estáveis. 
 
   A Secretaria Municipal de Administração (Semad) afirma que são apenas 1.582 temporários atualmente, mas a lista solicitada pelo órgão ministerial mostra o contrário. "A lista também não possui todos os nomes, pois os salários só vão até R$ 1.200,00" destaca o advogado José Maria Lima, que moveu ação contra o município pelo alto índice de contratações.
 
   A lista enviada ao Ministério Público foi dividida por Secretarias e contem os nomes de funcionários que recebem até R$ 1.200,00 de salário mensal. Nomes de médicos contratados, por exemplo, não aparecem. "A lista enviada aos promotores contem apenas os nomes de servidores temporários", informou o vereador Erasmo Maia, que também acompanha a ação do órgão ministerial que pede a troca dos temporários pelos concursados.
 
   Encerrada a prorrogação do concurso e ainda comprovada a existência de um grande número de temporários, a prefeita Maria do Carmo já anunciou que deve realizar um novo concurso nos próximos dois anos.
 
   A demora em chamar os candidatos aprovados fez com que eles se organizassem e criassem uma Comissão para defender seus direitos. Gean Correa, membro da Comissão, diz que a maior reclamação está sobre a demora que teve a posse dos aprovados. Ele diz que esse tempo poderia ser computado já no tempo de serviço. "Sem falar que algumas pessoas pediram as contas de seus antigos empregos e após dois anos estão passando necessidade porque não foram chamados", diz Correa.
 

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